terça-feira, 27 de abril de 2010

Sobrevivendo na “Cidade” Administrativa

Outra semana de aventuras. Servidores públicos e terceirizados passam por múltiplos desconfortos no Parthenon da dupla Anastasia/Aécio: carros arrombados, muitas vítimas da dengue, intensa atividade aeróbica para se alcançar os banheiros, “piques” constantes na energia elétrica, apagões do ar condicionado, computadores travados, problemas nos elevadores, na alimentação, refeitórios inadequados, estacionamento limitado, enfim, tais constrangimentos, depois de dois meses da inauguração, são os sinais de que, com 16 mil servidores lá, as coisas não serão muito agradáveis.
É bom lembrar que cada "apagão" do ar condicionado "gera" um direito adicional aos servidores: como ninguém pode sobreviver na estufa, só resta ir para casa, antes de completar a jornada de 06 horas.
Para alívio de Aécio e Anastasia, a lotação completa da "Cidade" só ocorrerá depois das eleições.
Sob o mando de uma empresa de consultoria chamada Accenture, que é responsável por “implementar o modelo de gestão da Cidade Administrativa”, as coisas parecem não evoluir.
As sugestões dos servidores, amplamente noticiadas pelos “consultores”, chegam ao limite do hilário: criar um setor de achados e perdidos, demarcar o estacionamento com letras e números, definição de um ponto de parada dos ônibus “para que os servidores possam pegá-los”. Ainda bem, né. Imagine criar um ponto de parada que não tivesse o objetivo de pegar passageiros. Sinceramente, isso tudo é noticiado pela Agência governamental, como se fossem esses os problemas. Querem passar a idéia de que os problemas são apenas de adaptações e ajustes. Não é bem isso que pensam os servidores e frequentadores da “Cidade”.