Na segunda-feira, dia 14 dezembro, o Governador Aécio Neves esteve no Rio de Janeiro, para falar na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Segundo o "Minas Gerais", órgão oficial dos poderes do estado, o governador tucano teria tecido loas ao chamado "choque de gestão", em função do qual, nosso estado seria um exemplo para o Brasil. Segundo Neves, a gestão de qualidade aqui praticada teria elevado a condição de vida no Vale do Jequitinhonha, teria equilibrado as contas do estado, teria atraído muitos investimentos, teria levado asfalto e telefonia celular a todos os municípios, etc etc etc. Tudo isso resultaria em investimentos recordes na economia mineira... a partir de 2010, segundo o presidente da FIEMG, seu fiel escudeiro, Robson Andrade. Todos já ouvimos essa prosa apologética antes.
No entanto, a vida realmente como ela é, mostra outro "espetáculo": o Centro de Estatística e Informação da Fundação João Pinheiro divulga que o PIB mineiro, no terceiro trimestre, cai 4,6% em relação ao mesmo período do mês passado. Mas, muito mais importante do que esse dado, são os que demonstram que permanece uma forte concentração de riquezas nos municípios mais ricos, que as regiões Norte e Jequitinhonha não alteram suas posições no ranking de desenvolvimento do estado, que continuamos dependentes da exportação de grãos e minérios, o que nos fragiliza nos momentos de crise etc.
Diante da vida real, as justicativas ficam por conta dos porta-vozes do governo mineiro: os empresários. Robson Andrade põe a culpa no dolar depreciado e na crise internacional. Ora, ora, mas 2 dias antes "a gestão de qualidade" propagandeada no Rio de Janeiro não indicava a robustez da economia mineira? Ou seja, depois de 7 anos de governo tucano, que vive a apresentar espetáculos promocionais em outros estados, o que se vê é que Minas caminha a passos de tartaruga. Não fosse o governo Lula, estaríamos retrocedendo.
