quinta-feira, 29 de abril de 2010

O desemprego e o jornalões



As capas dos principais veículos da mídia comercial do Brasil desconheceram um fato importante para a economia brasileira: a boa notícía de que o desemprego em Março de 2010 registrou o menor índice percentual desde 2002.
É evidente que - de forma discreta - tiveram que noticiar o fato. Mas não lhe deram a devida importância.
Segundo o IBGE, a taxa de desemprego ficou em 7,6% em março. A menor desde que a série começou a ser medida, em 2002.
Enfrentando com altivez a crise financeira internacional, o Brasil gerou no ano passado, com crescimento zero, 990 mil empregos. Este ano as previsões oscilam entre 1,6 milhão e 2 milhões de postos de trabalho a serem criados. Em relação a fevereiro de 2009, a queda do desemprego foi expressiva: 1,4 ponto percentual. A população desocupada recuou 14% em relação a março do ano passado. Já os trabalhadores com carteira assinada crescem 7,2% na mesma comparação.
Isso confirma previsões de que o Brasil está melhor posicionado para sair da crise e estimula a que empresários evitem posturas defensistas nesse momento e apostem no crescimento da economia.
Que os jornalões não destaquem esses dados positivos, todos compreendemos: estão engajados na campanha eleitoral. E esses números, na opinião dos respectivos proprietários ajudam o governo Lula e sua candidata.
Porém, prestam um desserviço ao país, já que há uma dimensão psicológica na economia, que ganha dinanismo com indicadores positivos.
Para variar, a "Folha de São Paulo" destaca em manchete de capa a alta dos juros. Mesmo assim a diferença teve de ser notada: é a primeira alta em 19 meses. Mais uma boa comparação a ser feita com o governo FHC.