Mulheres da Via Campesina realizam em todo o país, uma série de manifestações em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Na ALMG temos uma ocupação das mulheres da Via Campesina marcando e comemorando o Dia.
Comemorar é relembrar, é "memorar" com. Compartilhar a lembrança, a memória. Lembranças de luto, lutas e conquistas.
A data em si, todos e todas sabem, trás à memória o trágico acontecimento de 8 de março de 1857, quando 130 operárias texteis da cidade de Nova York foram queimadas vivas por seus patrões, porque reivindicavam a redução da jornada de trabalho, que era de até 16 horas/dia, para 10 horas. Além de outras reinvindicações. Em 1910, a data foi formalizada pelos movimentos sociais como a referência para luta pela emancipação feminina. Em 1975 a ONU reconheceu a data.
Dos idos de 1857 até nossos dias as conquistas foram muitas. Mas muito aquém do necessário e do possível.
No Brasil as coisas tem avançado. Destacamos a realização de Conferências ordinárias que são reconhecidas pelo governo Lula como condição para elaborar políticas de interesse das mulheres. A conquista de um ministério da condição feminina é outra dessas vitórias, cuja titular é a médica e professora universitária, ex-exilada política, Nilcéia Freire.
Mas, há muito o que fazer. Quem sabe, depois de 510 anos de hegemonia masculina na política e no poder, o Brasil possa oferecer ao mundo, mais um exemplo de avanço das conquistas da condição feminina: eleger a primeira presidenta da República em nosso país.