É recorrente na Assembléia Legislativa de Minas Gerais o debate sobre o “aperto financeiro dos municípios”. E é verdade. Os municípios tinham graves problemas antes da crise financeira internacional, problemas esses acumulados por décadas e já criticados pelo PT e PC do B: resultavam da falta de participação popular nas gestões, pouca ou nenhuma transparência e prioridade de investimentos para os mais ricos. A crise do neoliberalismo e de seu “estado mínimo” sufocou ainda mais as cidades.
Mas, o que chamamos de projeto democrático e popular tem sido um dique de contenção à penúria municipal. Onde governamos, a despeito de permanecerem problemas, a situação é menos grave.
Além disso, o governo Lula supera, positivamente, todos os governos anteriores no respeito às relações federativas e aos repasses ordinários e extraordinários aos municípios. Detalharemos os dados, nos próximos dias, demonstrando as diferenças entre o “municipalismo democrático e popular” e o tucano.
Aliás, nessa comparação os tucanos em Minas são imbatíveis: ou as prefeituras “compram” do Estado alguns serviços, ou não os terão: aluguéis de móveis para o funcionamento de delegacias, da PM, órgãos da justiça e outros (IMA, EMATER etc), combustível, papel higiênico, cessão de funcionários e muito mais.
Apenas um exemplo, infelizmente mórbido: o “carcereiro” da cadeia de Ponte Nova, quando da morte trágica de 25 presos, vítimas de um incêndio, era o coveiro do município.