Apresentado pelo líder tucano como invenção sua, a proposta de “Gestão por resultados” já tinha sólidos precedentes políticos, ideológicos e acadêmicos, que remontam à década de 1980. Vivia-se a crise do fordismo, do desenvolvimentismo e do estado-empreendedor. Inaugurava-se a era da globalização, do neoliberalismo e do estado-mínimo.
Na Europa, Asia e América Latina, aqui com os estudos do Centro Latino Americano de Administração para o Desenvolvimento (CLAD), o receituário da Nova Gestão Pública já existia. No Brasil, antes de Minas,Bresser Pereira, o fez no governo FHC . Covas implementou o “choque” em São Paulo. Porém, nunca antes o tratamento midiático dessa experiência teve destaque como no governo Aécio. Mote de seus vôos políticos, o tal choque, no entanto, na sua construção empírica e na sua fundamentação teórica, mostra-se débil.
Em Minas, temos uma execução orçamentária pífia, resultados fracos e pouca repercussão social do “choque” tucano. Exemplo: a crise financeira, aqui, atropelou o “choque” e a propaganda oficial tucana.
O bloco PT/PC do B na Assembléia de MG, defende avanços na administração do Estado. De modo algum apoiamos a manutenção dos vícios arraigados na máquina pública. No entanto, recusamos a pregação neoliberal, que atribui ao servidores a razão do emperramento da máquina estatal. E rechaçamos que os paradigmas e valores do setor privado sejam impostos ao serviço público.
Para a máquina administrativa defendemos: nem o passado como foi, nem o presente como está. Queremos o futuro com um estado ágil, transparente, participação popular, cobrando resultados, mas que também acompanhe e ajuste os processos, construindo o caráter público e social do mesmo.
Nosso blog publicará opiniões de deputados, especialistas, sindicalistas e de cidadãos que demandam os serviços públicos, nessa perspectiva de construção urgente de um estado melhor.
