Revelando-se "constrangido", Pereira Diniz - na presidência do BDMG desde 2003 - "renunciou" ao cargo em fevereiro de 2007 para, segundo ele, Itamar substituí-lo: "Saí da presidência já com esse propósito, de o banco me contratar. O Itamar ia para lá. Eles queriam colocar o Itamar lá, e me ofereceram isso (o contrato de consultoria). Eu senti esse processo. Estava constrangedor – contou Hindemburgo, cujo mandato venceria apenas em 2008." (JBonline, em 27/08/2009, às 22:11).
Apenas dezessete dias depois da renúncia, o BDMG assinou um contrato de R$ 1,23 milhão com o próprio Hindemburgo, sem licitação, para serviços de “aconselhamento sobre políticas de desenvolvimento e assuntos internacionais”. O que dá uma renda mensal de 25 mil reais. Segundo ele "A coisa ficou uma pela outra". Ou seja, ele foi indenizado porque cedeu o lugar a Itamar Franco.
O governador Aécio Neves demonstra como trata a "companheirada". De maneira farta e sem critérios republicanos.
No entanto, a coisa não para por aí. Agora, o jornal "O Tempo" denúnciou um esquema de demissões sem motivação, cujo objetivo é pagar multa recisória para quem já está em fim de carreira, em condições de se aposentar. Isso ocorre desde 1999, coincidentemente, ano de posse de Itamar no governo do estado. São 5,1 milhões de reais, de um "bônus" imoral. Isso é que é exemplo para o país.
E as lideranças governistas na Assembléia Legislativa insistem na tese de que não o que ser investigado neste governo.