O mistério CODEMIG permanece. Reiteramos aqui algumas estranhezas: sua recente "estatização" resolve os problemas de sócios privados, no que diz respeito à propriedade do imóvel do Centro Administrativo? Pode ela fugir à sua "missão", investindo num projeto imobiliário, ao invés de consolidar a infra-estrututura necessária ao desenvolvimento do estado?
Mas, vamos além. Se observarmos os desembolsos da CODEMIG desde 2003, até 2008, veremos coisas que merecem explicação:
Em 2003, 46 milhões de reais. Em 2004, foram 90 milhões. Em 2005, cai para 55 milhões. Já em 2006, 36 milhões. No ano seguinte, sobe para 60 milhões. Em 2008, o investimento salta para 434 milhões de reais. O previsto para 2009 é 877 milhões e a proposta para 2010 é 170 milhões. Até 2007 há um padrão de desembolsos que ficam num intervalo de 46 milhões a 90 milhões de reais. Para dar o salto de 2008 e de 2009, fica a pergunta: qual o mecanismo de capitalização da CODEMIG? Afinal, os desembolsos anteriores a 2008, que pressupõem também uma receita apurada, seguem um padrão razoável. Se esta receita veio, prioritariamente, dos royalties da mineração...