Está confirmada para o dia 03 de novembro de 2009 audiência pública na ALMG que tratará os desafios para o funcionamento do Centro Administrativo do governo mineiro, em fase de conclusão na região do Serra Verde. Até agora, a obra tem sido objeto de grande divulgação na imprensa e se intensifica a propaganda de governo, com evidente perfil de marketing eleitoral. Mudaram até o nome da coisa: agora é Cidade Administrativa.
No entanto, os problemas também começam a ficar mais visíveis. E não foi por falta de aviso. A polêmica funcionalidade da megaobra entra em cena e promete durar muito. Quando falamos de funcionalidade, nos perguntamos sobre o atendimento ao cidadão e sobre as condições de trabalho dos servidores públicos.
O que aflora no momento são as dúvidas com transporte público, necessário ao acesso de servidores e da população à nova sede do governo. No início da obra, lembremo-nos, o metrô era a grande promessa... ou a grande mentira. Agora, na imprensa (EM, pag 19, 20/10), nos é informado que a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) "pensando no impacto que a transferência da sede do governo... causará no transporte coletivo, estuda opções para absorver o aumento da demanda" (sic). E pensam no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ônibus gratuitos, executivos etc. Sinceramente, pela magnitude do empreendimento, "pensar o impacto" e "estudar opções", nessa altura dos acontecimentos, é um escárnio. Ou, é a prova cabal da falta de planejamento, da improvisação e do amadorismo. E o que é o pior: da irresponsabilidade com o dinheiro público.
Isso é apenas um dos aspectos. A problemática do custo da obra, de seu mobiliário, do estacionamento interno, dos restaurantes, da recepção ao público externo, creches dos servidores, de dúvidas estruturais, dentre outras coisas, permanece.